segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

GAMER - ÍTALO CHIACA | RESENHA



Editora: Clube de Autores
Livro: GAMER
Gênero: Crônicas/Jogos
ISBN: 978-85-91772-24-7
Ano: 2018
Páginas: 300




SINOPSE:

"O livro GAMER traz uma compilação de todas as crônicas que o autor Ítalo Chianca escreveu nos últimos anos. São histórias ambientadas nas décadas de 1990 e 2000, cercadas de tudo que fez desse período algo único e especial para a sua geração. Tem brincadeiras de rua, resenhas da escola, brinquedos e comidas da época e, claro, muito videogame."


***

Pense num livro simples, mas que sirva como uma máquina do tempo, que faça você "reviver" momentos raros da sua infância... sim! Eu pude sentir muita nostalgia lendo o livro GAMER.


Um emaranhado de sentimentos bons é o que esse livro me proporcionou! Fazia tempo que não pegava uma leitura assim, que me tirasse da zona de conforto "ficção e fantasia", com a qual eu me identificasse tanto. Mas isso tudo se deve ao fato de que tenho quase a mesma idade do autor, e assim como ele, sempre morei em uma cidade do interior, no meu caso, noroeste fluminense do estado do Rio de Janeiro, que é Itaperuna. Então, algumas das minhas experiências com os games, foram bem parecidas com as dele. Por exemplo: o primeiro jogo da vida foi SUPER MÁRIO WORLD; os gráficos de Donkey Kong Country 1, 2 e 3 me prenderam para sempre, ambos os jogos de SNES. Isso, entre outras inúmeras coisas, foi algo marcante, que fez eu me interessar por jogos eletrônicos e assim entrar nesse mundo sem volta. 

O livro é muito bem escrito e fala de muitas dessas "vivências" de infância, adolescência e algumas até da vida adulta do autor. Em suas crônicas, ele aborda o seu contato íntimo com os jogos eletrônicos e o ambiente das locadoras, que infelizmente, não existe mais nos dias atuais; não tratando simplesmente de contar a história em si, o autor demonstra com as suas palavras diversos aprendizados como criação de caráter e valores morais, com os quais ele levou pra vida toda. É algo com o qual podemos aprender sempre. 

Além de uma abordagem bem tranquila e descontraída, o autor vai revelando em seus textos, como foi conhecer e jogar os consoles de cada época, seus altos e baixos, as disputas entre as indústrias produtoras dos jogos (e as locadoras...rsrs) e o acompanhamento das revistas para pegar dicas e macetes, isso tudo para aperfeiçoar as "jogatinas". Da mais divertida até a mais misteriosa, muitas dessas crônicas carregam aprendizados e ensinamentos, que moldam uma personalidade simples e humilde no coração de um garoto "gamer" sonhador.


Ele coloca as antigas locadoras como um "templo da diversão". Enaltece em cada crônica o quanto era enriquecedor estar nesse ambiente e poder jogar videogames, conversar sobre jogos e desenhos, brincadeiras e fazer amizades com aqueles que sempre tinham algo em comum para desfrutar. De fato, ele está correto! A minha pouca experiência, com as poucas locadoras que frequentei em Itaperuna, trouxe amizades que carrego até hoje. Realmente isso não tem preço algum no mundo que pague!

Se uma leitura te faz se identificar com as histórias... isso automaticamente te prende. Eu consegui ter empatia em cada situação e me preocupei com o rumo de tudo. Por momentos, eu me sentia vivendo as aventuras do Ítalo, nas Locadoras de São José do Seridó! Isso tudo é o cuidado e o capricho aplicado numa obra! Essa leitura rebuscou um sentimento adormecido no interior desse leitor aqui. Já até providenciei uma manete e um emulador para voltar a jogar SNES mais vezes no PC. Se a intenção do autor foi trazer tudo isso com as suas crônicas e mais uma certa noção de como aquela época foi boa... parabéns! Conseguiu fazer isso com êxito.


Classifico o livro
GAMER
como 5 balõezinhos: EXCELENTE!
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quarta-feira, 17 de julho de 2019

(DES)ENCANTO - 1ª TEMPORADA - NETFLIX | REVIEW


(DES)ENCANTO

Lembrando que esse review será feito pela perspectiva de um fã... 

Matt Groening segue na mesma pegada já conhecida de Os Simpsons e Futurama, porém, acrescenta uma dose extra de "Game of Thrones".


Exatamente! A primeira impressão que obtive com (Des)Encanto foi entender que Groening mesclou "Simpsons" com GOT, mostrando aquela fórmula um tanto já conhecida de comédia exacerbada nos desenhos(animações) de seu acervo produtivo. Já eram esperados aqueles traços clássicos dos personagens envolvendo bocas grandes e olhos esbugalhados, no entanto, diferente dos tempos da da "TV aberta" (Os Simpsons e Futurama) a era NETFLIX desconstruiu e reconstruiu alguns aspectos para essas novas adaptações.

Ou seja, os ingredientes ainda são os mesmos, mas o tempero e o modo de preparo tem um diferencial fundamental para atrair a geração atual. Os traços estão um pouco mais refinados e remetem aos efeitos especiais, cada vez mais atuais e isso é muito positivo de modo geral. Em alguns momentos de ação ou mais dinâmicos isso é percebido de forma clara.

A trama de (Des)Encanto se baseia na jornada da despojada e beberrona princesa, Bean (Abbi Jacobson), do fiel elfo, Elfo (Nat Faxon) (o nome, obviamente, funciona melhor em inglês), e do malicioso e pequeno demônio, Luci (Eric André). Logo de cara, os personagens são introduzidos com uma dinâmica remetente à uma clássica representação de dilemas morais, onde o elfo e o demônio fazem os papéis de anjinho e diabinho nos ombros da princesa Bean. 


Com o desenrolar do tempo, essa dinâmica vai sendo abandonada em função do crescimento individual e desenvolvimento de cada personagem; esses coadjuvantes da série, trazem as características que são referências satíricas do trabalho de Groening. A trama é preenchida de forma muito boa com isso.

As sacadas são muito boas e as cutucadas em algumas feridas são bem diretas, especialmente sobre questionamentos de fundamentalismo religioso, excentricidades da realeza e situações de machismo. A dublagem brasileira – que ficou excelente – é um grande diferencial quando usa, com muita propriedade, referências a inúmeros memes que marcaram época; no entanto, algumas destas referências se tornam um tanto forçadas ou repetitivas.

Cabe ressaltar ainda sobre a alta qualidade da animação e também a trilha sonora perfeita, que proporciona todo um clima de imersão em um mundo de fantasia medieval. Isso foi excêntrico! A animação tem total capacidade de agradar tanto aos fãs de Simpsons, quanto os Futurama, além de qualquer espectador que procure uma ótima série animada neste seguimento, para dar boas risadas com as situações mais absurdas.

A primeira temporada de (Des)encanto possui 10 episódios e já está disponível na NETFLIX, desde agosto do ano passado, mas cabe aqui uma dica super legal pra quem curte animações e desenhos com esse tipo de comédia. Foi um projeto interessante e bem pretensioso, que deu muito certo por sinal. Já aguardo com muita expectativa a próxima temporada, que tem estréia marcada para setembro de 2019. 


Lembrando que esse review foi feito pela perspectiva de um fã...

Classifico a Animação
(DES)ENCANTO
como 4 balõezinhos: Muito Boa!

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terça-feira, 9 de julho de 2019

O EXÉRCITO DE IMORTAIS - FOLCLÓRIKA - LIVRO 1 / GLAUCO J. S. FREITAS | RESENHA





Editora: PenDragon
Livro: Folclórika #1 - O Exército de Imortais 
Gênero: Aventura/Fantasia
ISBN: 978-85-95940-28-4 
Ano: 2017
Páginas: 178





SINOPSE:

"AMALDIÇOADO PELA GIGANTESCA COBRA DE FOGO, MBOI TATR, O REINO DE AKAKOR HÁ SÉCULOS VIVE EM GUERRA DESIGUAL CONTRA CRIATURAS FEROZES E IMORTAIS."

 Agindo contra o reino, um grupo busca incansavelmente ver a segunda maldição de Mboi Tatr se concluir: tornar a viver e consumir o mundo em chamas. O mestiço Räel, um encantador de flechas, se vê no encalço do grupo a fim de impedí-los, colocando sua vida em risco quando poderes muito maiores que os seus entram no conflito.
  Primeiro livro da série Folclórika, O Exército de Imortais é uma High Fantasy inspirada no folclore nacional, trazendo as lendas e mitos brasileiros para uma nova e fantástica realidade.

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O livro foi recebido por conta da parceria com a Editora PenDragon e você, leitor apaixonado e apoiador da literatura nacional, pode adquirir na loja online clicando AQUI!

Seria clichê dizer que um livro de fantasia é fantástico? Talvez. Mas nesse caso em especial, o crédito se deve ao autor, que realmente foi criativo ao usar elementos do folclore nacional para criar o seu mundo fantástico. Isso, de fato, foi puramente brilhante! Sem mencionar nessa capa bem estilosa. Confira abaixo:


Logo de início, fiquei um tanto confuso com o uso da linguagem e a nomenclatura das classes e também dos monstros, fiquei meio sem entender quem era quem, mas, isso acabou mudando rapidamente, conforme fui me acostumando com o começo da história. A maneira como a magia é utilizada e aprendida nesta realidade é bastante detalhada e muito bem elaborada. Na trama, não existem coisas mirabolantes ocorrendo ao acaso e sem explicação, tudo é bem encaixado e é exatamente isso que faz do livro um diferencial. 

O livro em si não é enorme. Possui aproximadamente 180 páginas e isso deixa a história um tanto dinâmica. O seu mundo fantástico é muito bem criado e existe uma explicação que vai desde sua criação até o momento em que a trama começa a se desenrolar, tudo de bom e ruim para as suas consequências, e o melhor é que o autor não gasta páginas para explicar isso, ele consegue sintetizar muito bem e faz com que se entenda o que é básico e necessário para a experiência na leitura. Ou seja, nada fica perdido, quando se remete a um todo.


Os personagens da trama são bem desenvolvidos e cada um tem sua personalidade e peculiaridades bem definidas. O protagonista Räel, que é um mestiço encantador de flechas, vive dividido entre trabalho e suas convicções, é um personagem deveras cativante. Você consegue sentir empatia por ele e se importar com suas ações e reações. As vezes ele é tenso e mal humorado, em outras, é bastante engraçado. Räel é o ápice do livro. Um protagonista que foge do habitual clichê dos "mocinhos".



Após voltar de uma missão, Räel é informado de que duas irmãs querem se tornar arqueiras e ele ficará incumbido de ajudá-las. Isso acaba sendo meio que uma espécie de punição para ele, que depois de conhecê-las, se surpreende com a personalidade e o carisma de cada uma. No entanto, ao receber uma nova missão, ele decide levá-las junto com ele. Só não esperava que fosse uma missão bem difícil, e que ela envolvesse diversas outras coisas, que de fato, não estavam previstas em seus planos. Isso o forçou a ser mais forte e dedicado do que jamais foi. 

No que diz respeito às descrições, o autor não detalha muito sobre as coisas, o que é bom apenas de certa maneira, por que força o leitor a imaginar mais sobre tudo, tornando assim uma leitura que prende a atenção. Em alguns momentos é quase que possível se imaginar vivendo num jogo de RPG. Porém, as descrições de lugares e batalhas são resumidas, um tanto rápidas e algumas até superficiais, mas no fim das contas, não deixa a desejar. 

Uma jogada inteligente do autor foi dividir (subdividir) os capítulos colocando nome nesses capítulos e números em suas divisões. Acho que isso acabou facilitando para marcar onde eu parava e serviu para criar metas enquanto ia fazendo a leitura. Outro destaque a se acrescentar na história é a analogia com figuras do folclore brasileiro. O autor pega "seres" do cenário cultural local e dá uma repaginada com o seu toque peculiar. Isso foi absurdamente enriquecedor para a obra! Eu tive que pesquisar um pouco mais sobre esses seres para compreender de forma mais ampla e complexa. 


A escrita do Glauco J. S. Freitas é bastante fluída e bem direta. A dinâmica do livro ajuda muito com isso e deixa com um tom mais atrativo. Os ingredientes deixados ao caminho dela, servem  para chamar a atenção do leitor, despertando interesse em querer desvendar sempre o que vai acontecer no próximo capítulo.


É um livro muito bom e de leitura agradável. Com certeza vale a pena. É uma boa pedida para quem curte o gênero de fantasia com uma pegada mais sombria e "folclórica". Começou muito bem essa saga, que com certeza, vai continuar prazerosa de se ler, seja uma continuação ou em um spin-off.

Parabéns para o autor pelo talento e para a Editora por apostar nessas incríveis obras nacionais! 
Para adquirir o livro clique AQUI!

Classifico o livro
FOLCLÓRIKA #1 - O Exército de Imortais
como 4 balõezinhos: Muito Bom!

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terça-feira, 12 de março de 2019

REVIEW | CAPITÃ MARVEL

"Mais alto,
Mais longe, 
Mais rápido e mais"


#SEM #SPOILERS

CAPITÃ MARVEL

País: EUA / Classificação: Livre
Estréia: 07 de Março de 2019
Direção: Anna Boden, Ryan Fleck
Roteiro: Geneva Robertson-Dworet, 
Anna Boden, Ryan Fleck
Elenco: Ben Mendelsohn, Brie Larson, Jude Law, 
Samuel L. Jackson, Lashana Lynch, 
Annette Bening... 

 Lembrando que esse review será feito pela perspectiva de um fã...

Fechadinho, filme segue a Fórmula Marvel e sem ousadias, mostrando que a heroína veio para equilibrar de vez o MCU

O filme da Capitã Marvel chegou com tudo e possui a complicada tarefa de dar continuidade ao legado do universo cinematográfico da Marvel. O MCU, como já é conhecido pelos fãs, conta com vários filmes, no entanto, alguns mais bem-sucedidos do que outros, no que diz respeito a termos de bilheteria. E a difícil missão de Carol Danvers agora é salvar o mundo e ser reconhecida como parte importante dos Vingadores, mesmo aparecendo somente agora na trama toda. A verdade é que ela consegue.

O que deveria ser apenas um filme de origem da Capitã Marvel, acabou servindo também de origem para outros personagens, entre eles, Nick Fury (Fury, para os amigos), do Agente Phill Coulson, dos próprios Vingadores e de tudo o que já estamos habituados a ver no MCU. O enredo funciona como uma peça perdida de um quebra-cabeças, onde, simultaneamente, Carol Danvers tenta encaixá-las, de modo que sua vida fique em ordem novamente. O que também se percebe são algumas lacunas sendo preenchidas e as partes de uma engrenagem se encaixando no universo criado pela Marvel no decorrer de todos esses anos.


O filme contém alguns elementos já apresentados em longas anteriores: Trilha sonora marcante, ao estilo de Guardiões da Galáxia, efeitos especiais ao estilo de Doutor Estranho, trailers apresentados ao estilo Vingadores — ressaltando que não dá mesmo pra confiar em tudo o que mostraram nos materiais de divulgação, e os fãs podem sempre esperar por algumas surpresas quando forem assistir nos cinemas.

A origem da Super Heroína não algo espalhafatoso como outras que já acompanhamos anteriormente. Carol Danvers é apenas uma moça simples e muito obstinada, e é isso que acaba levando o filme em si. Ou seja, ela não é uma deusa que já nasceu com superpoderes, ou teve de construir uma super armadura para se salvar em algum momento; Ela é uma humana bastante modesta, que sofreu um acidente envolvendo energia e isso modificou seu organismo lhe dando poderes, mas é a simplicidade nela que se destaca, pois, suas emoções acabam por transparecer pela atuação de Brie Larson, que por sinal, se saiu muito bem no papel.


Capitã Marvel é o primeiro filme solo de uma heroína da Marvel e, assim como aconteceu com Mulher-Maravilha, as garotas de todos os lugares do mundo se sentirão inspiradas pela Carol Danvers. A obra aborda questões como preconceito de forma breve, no entanto efetiva: logo de cara, a pequena Carol pergunta o motivo de não poder fazer as mesmas coisas que o irmão faz. O assunto então não é mais abordado diretamente, mas continua oscilando durante o decorrer do enredo e isso é de fato, essencial para o desfecho.

A personagem principal de início, pode gerar um certo receio, por conta do ritmo e de como os acontecimentos são alocados e descompensados no começo do filme. Porém, a evolução é constante depois que a trama começa a se desenrolar aqui no planeta Terra, onde a personagem aprende cada vez mais com Carol Danvers, do que, com a Heroína em si. Isso é um fator crucial para o ápice do enredo e influencia diretamente na conclusão e no papel da heroína. 

O filme segue a “Fórmula Marvel” e consegue responder algumas perguntas e preencher várias lacunas no deixadas no MCUOs acontecimentos são bem previsíveis de um modo geral, exceto em alguns momentos que são genuinamente cômicos. As cenas envolvendo as batalhas do filme têm as mais variadas proporções. Existe luta no espaço, briga mano a mano, lutas que terminam com apenas um golpe e lutas que acabam antes mesmo de começar — todas ligadas ao entendimento de suas motivações e da amplitude dos poderes de Carol Danvers. Existe porém uma alternância entre os trechos de ação e a própria jornada da heroína na busca por saber quem ela é, esse ritmo do filme oscila um tanto, podendo ser até cansativo ás vezes. Faz jus aos efeitos especiais, que são muito bons, porém, comedidos durante todo o filme; onde poderia ter sido explorado algo á mais, o normal e básico acabou se tornando o usual, e também não é novidade dizer que deixaram o melhor para o final. Parece até um show de fogos com efeitos pirotécnicos!


Um destaque para o efeito especial de rejuvenescimento digital (já utilizado antes para mostrar Tony Stark mais jovem em uma cena de Capitão América: Guerra Civil) que em Capitã Marvel se eleva a outro nível de qualidade e realismo: é bem tranquilo de se esquecer que o ator que interpreta Nick Fury, Samuel L. Jackson, já possui 70 anos. Fury e Danvers possuem uma química singular e conseguem desenvolver uma amizade sincera e cordial, porém, é com outro personagem que a pose de durão de do espião cai por terra… as cenas com Goose, a gatinha.

No que diz respeito aos extras, uma singela homenagem foi feita para o ícone Stan Lee (que morreu em 2018) durante os primeiros segundos do filme, o que foi muito emocionante. A primeira das duas cenas pós-créditos do filme é essencial para todos os fãs do MCU, pois está ligada diretamente com os efeitos de Vingadores: Guerra Infinita, enquanto que a segunda cena funciona apenas como um complemento do próprio filme.

Capitã Marvel é aquele filme básico e fundamental para se entender o desfecho desse primeiro grande arco dos Vingadores, e o seu lançamento premeditado tão próximo da estreia do decisivo Vingadores: Ultimato não poderia ser diferente, pois, depois de assistir o filme solo da heroína, fica mais claro que ela será um destaque importante na batalha contra Thanos.


Apesar de ser uma história de origem da heroína, com sua primeira aparição simples e modesta, ela ainda possui começo, meio e fim (o passado por meio de flashbacks não colou muito bem para mim, mas serviu para explicar os acontecimentos) e a versão superpoderosa de Carol Danvers mostra o início do projeto Vingadores como o conhecemos atualmente. O tabuleiro já está aberto e as peças encaixadas no lugar. A engrenagem do MCU continua girando, e não resta dúvidas de que a Capitã Marvel chegou para ser considerada como o grande “plot twist” da Marvel nos cinemas.


Classifico o filme
CAPITÃ MARVEL
como 4 balõezinhos: Muito Bom!

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

SELENE E O DRAGÃO - A ÚLTIMA LUA AZUL - LIVRO 1 / MARÍLIA G. BARBOSA | RESENHA




Editora: PenDragon
Livro: Selene e o Dragão - Livro 1 - A Última Lua Azul 
Gênero: Fantasia
ISBN: 978-85-69782-80-3 
Ano: 2017
Páginas: 300






SINOPSE:

"NUNCA PENSEI QUE PODERIA VER O MUNDO DE UM JEITO TOTALMENTE DIFERENTE E VOCÊ É A CAUSA DISSO."

 EM MEIO A UMA GUERRA ENTRE HUMANOS E DRAGÕES, Selene foge de uma tragédia que destruiu sua vila e se vê frente a frente com um inimigo de sua espécie: um dragão, caído e vulnerável. Contrariando tudo o que conhecia e ainda com a dor da perda pesando no peito, ela toma uma decisão e usa magia para salvá-lo.
  Agora, Drake, o dragão, e Selene dão início a uma jornada para reconciliar ambas espécies. Porém, percebem que há muito mais risco ao receberem uma missão de uma Deusa poderosa e temperamental. Todos têm objetivos ocultos, e o sucesso ou fracasso desta missão pode provocar mais consequências do que se imagina.

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O livro foi recebido por conta da parceria com a Editora PenDragon e você, leitor apaixonado e apoiador da literatura nacional, pode adquirir na loja online clicando AQUI!

Se fosse possível resumir esse livro em apenas uma palavra, eu diria: surpreendente! Isso mesmo. No entanto, é algo bem maior do que isso, pois, o talento da autora, mesclado ao trabalho da Editora, tem um resultado deveras positivo. Começando pela capa convidativa que possui. Simplesmente incrível! A suavidade na escolha das cores denota uma paixão à primeira vista numa arte fabulosa! Confira abaixo:


A diagramação é muito boa e traz um mapa ilustrativo no início do livro, o que também serve para auxiliar no alocamento durante a leitura. O livro não é grande e os capítulos são bem razoáveis, nada muito estendido, pois, são bem distribuídos de modo a proporcionar ao leitor uma experiência bem imersiva na fantasia. Uma das coisas que também notei durante a leitura foram alguns poucos erros(possivelmente digitação), que incorreram no entendimento de algumas colocações e/ou articulações, mas nada grave ao ponto de atrapalhar a experiência.

A estória é algo que surpreendeu bastante, pois, a autora não somente usou de criaturas já conhecidas de outras obras fantásticas, mas, soube introduzir isso numa mitologia onde ela própria desenvolveu de forma incrível, tudo isso para adaptar ao seu mundo fantástico. Deuses, humanos, feiticeiros, dragões, caçadores, magia, entre outras coisas mais, são tudo que se pode desfrutar nesse romance fantástico. A trama possui algumas viradas na estória e uma certa oscilação nos acontecimentos, alguns flashbaks aparecem no decorrer dos capítulos, ora algumas coisas são abordadas rapidamente, ora um tanto enroladas, mas isso não é nada que tire o brilho da obra em si.

Outro destaque para isso tudo é a forma com a qual se desenrola o romance entre a humana Selene e o dragão Drake; perfeitamente desenvolvidos, (de uma maneira até fofa) esses personagens principais são apresentados e levados a situações de provações extremas, o que de fato, serve para testar os sentimentos que um possui pelo outro, e que ambos tem pelo destino do mundo. Selene é uma garota incrível. É claramente uma mesclagem de mistério, força e fragilidade. Tem uma evolução constante no decorrer da trama por conta de seus dons e habilidades. Drake é um dragão da noite que é transformado em humano e embarca com Selene em sua jornada; possui um gênio bem forte, no entanto, seu desenvolvimento o torna cada vez mais sensível para tudo; tem um papel fundamental em todo o enredo e essa dualidade de personalidades (ora dragão, ora humano) serve para mostrar tudo pela perspectiva de uma criatura mágica.   

A narrativa é contada em primeira pessoa, distribuída ao longo do livro pelos pontos de vista de Selene e Drake. Alguns poucos momentos em que Selene ou Drake não participam, a narrativa é direcionada a outros personagens, para explicar algo que no momento foge a visão e/ou presença dos personagens principais. Tudo isso serve para complementar a leitura de uma forma interessante onde ás vezes a mesma situação é sentida e descrita por cada um dos personagens. Além do mais, a riqueza de informações e detalhes é muito precisa por causa das percepções e individualidades de cada personagem. É impossível não perceber o quanto foi pensado para se desenvolver criativamente toda essa estória.  

A escrita da autora Marília G. Barbosa é bastante suave e muito fluida, repleta de mensagens sobre autoconhecimento, amor, afeto, esperança, aceitação e um dos exemplos fala sobre vingança: ela não leva a nada, e sempre alguém acaba sendo ferido e assim o ciclo se perpetua. Ou seja, por conta disso que existe uma guerra alimentada por eras entre humanos e dragões.  


Particularmente sou um grande fã de literatura fantástica. Ultimamente tenho lido muitos livros nacionais. Então não posso deixar de dizer aqui é um orgulho conhecer novas obras tão boas e de qualidade no cenário da #LiteraturaNacional. Cada vez mais eu fico impressionado com os talentos que vão surgindo e me conquistando nesse mundo dos livros. É uma leitura formidável e super indicada para os fãs apreciadores de Fantasia. 

Parabéns para autora pelo talento e para a Editora por apostar em obras nacionais e no trabalho dos influenciadores. Para adquirir o livro clique AQUI!

Classifico o livro
SELENE E O DRAGÃO
como 4 balõezinhos: Muito Bom!

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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

R.I.P STAN LEE - UM ÍCONE DA CULTURA POP MORRE AOS 95 ANOS


Notícia muito triste pra legião de NERDs do mundo inteiro: Morreu nessa segunda-feira o roteirista Stan Lee aos 95 anos, segundo TMZ informou que Lee foi levado ao hospital, mas já chegou lá sem vida. A causa ainda não foi divulgada.


Stanley Martin Lieber nasceu no dia 22 de dezembro de 1922, em Nova York. Foi filho de imigrantes judeus da Romênia e cresceu sonhando em escrever “O Grande Romance Americano”, uma denominação que se dá para os clássicos imortais da literatura dos EUA. Em sua adolescência, trabalhou escrevendo obituários para uma agência de notícias da cidade e releases de imprensa para o Centro Nacional da Tuberculosa.


Nos quadrinhos, sua carreira foi iniciada em 1939, quando assim conseguiu um emprego como assistente de escritório na Timely Comics, uma editora que publicava Quadrinhos (HQs) e histórias pulp. Nessa época, suas funções eram um tanto banais: ele vivia repondo vidros de nanquim para os artistas e apagava esboços de páginas já finalizadas. No entanto, sua primeira oportunidade veio em 1941, ao escrever algo para um quadrinho: o texto de abertura de Capitão América #3.


Martin Goodman, que era editor da Timely na época, ficou fascinado com as incríveis habilidades de Lee e deu a ele a oportunidade de escrever o roteiro para uma HQ, que seria lançada em caso de algum buraco no cronograma da editora. E foi então que surgiu Headline Hunter, o Correspondente Internacional. Nos anos que se passarão, Stan precisou se afastar da Timely por conta da Segunda Guerra Mundial — ele voltaria no entanto a trabalhar na empresa, somente no período final dos anos 50.

Nos anos 1960, a DC estava liderando as vendas de quadrinhos com o Flash e a Liga da Justiça. Foi então que Goodman pediu para que Stan criasse um grupo de super-heróis ao lado de Jack Kirby. Os dois conceberam então o Quarteto Fantástico em 1961, que logo passou a ser um grande sucesso nas vendas, recebendo inúmeros elogios do público. Foi nesse mesmo ano, que a Timely passou por um processo de reformulação de marcas e foi rebatizada com o nome já conhecido: Marvel Comics.


Nos anos seguintes, Lee criou muitos outros personagens que se tornaram peças fundamentais da cultura pop: o Homem-Aranha, o Hulk, Os Vingadores, o Homem de Ferro, Thor e os X-Men. Além de transformar a indústria de uma forma criativa singular, Stan mudou também a forma como o público encarava os quadrinhos, criando assim um senso de comunidade entre os fãs e interagindo diretamente com eles através da coluna Stan’s Soapbox.


Stan deixa dois filhos que teve ao lado de Joan Lee, que morreu em 2017.