sexta-feira, 28 de julho de 2017

HOMEM ARANHA: DE VOLTA AO LAR | REVIEW

" Se você é nada sem o traje... é porque você não merece usá-lo. "


#SPOILERS

HOMEM-ARANHA: DE VOLTA AO LAR
(Spider-Man: Homecoming) 

País: EUA / Classificação: 12 anos

Estréia: 6 de Julho de 2017

Direção: Jon Watts

Roteiro: John Francis Daley, Jonathan M. Goldstein


Elenco: Tom Holland, Marisa Tomei, Zendaya 

Coleman, Michael Keaton, Laura Harrier... 


  Lembrando que essa crítica será feita pela perspectiva de um Fã  


Quando o amigão da vizinhança resolveu aparecer novamente em uma outra franquia, muitos acharam ser um perigo para as telonas do cinema. No entanto, o termo "DE VOLTA AO LAR" deixa claro algo influente nessa nova etapa. Sim. Uma parceria entre a SONY, que atualmente possui os direitos do cabeça de teia e a MARVEL, que vem se consolidando ao longo dos anos, introduzindo os super-heróis em seu universo cinematográfico expandido. Esta parceria mostrou-se uma união saudável entre as duas potências, onde os fãs também podem sair ganhando, e muito.





Tendo nosso Homem-Aranha já sido introduzido com uma aparição em CAPITÃO AMÉRICA - GUERRA CIVIL (2016), esse novo longa consiste agora em mostrar não apenas o lado heroico, mas o lado humano, interior e pessoal de Peter Parker/Tom Holland, que tem de se dividir entre ser o amigão da vizinhança, desenvolver um amor com a garota mais popular da escola (Liz/Laura Harrier) e ainda ser um aluno aplicado. Uma questão de adaptação e constante aprendizado é o que se pode notar durante todo o filme. Afinal, está sendo monitorado de alguma forma pelo seu mentor Tony Stark/Robert Downey Jr (ninguém menos que o HOMEM DE FERRO). 



Ao acrescentar o escalador de paredes no seu time e fornecer um traje mais sofisticado, ele se tornou uma espécie de mentor do jovem aranha. Algumas opiniões se mostram negativas, outras positivas (na qual acabo me incluindo, achei que apareceu até menos do que se esperava) quanto ao tempo que o HOMEM DE FERRO aparece no filme. Razoavelmente na medida. O seu papel (como Herói... rs) é fundamental pra servir de exemplo para Peter seguir um ideal e se tornar o grande herói que é o Homem-Aranha que todos conhecem. Os momentos se mostram muito influentes, pois, sempre tem algum conselho do "Tio" Stark, seja para repreender, seja para elogiar.





O grande desafio em questão é se mostrar importante aos olhos de seu mentor, a ponto de conquistar seu lugar na equipe dos Vingadores. Nada melhor então do que fazer isso sendo o cara que pega os ladrões e bandidos do bairro. No entanto, a coisa muda quando o assunto são vilões que roubam para comprar ou obter armas de tecnologia "Chitauri" alienígena. O aracnídeo logo se vê disposto a enfrentá-los! 




O embate contra o vilão abutre é uma coisa nova para os amantes dos filmes do cabeça de teia. Um dos vilões mais clássicos e que eleva a um novo nível o combate, onde os outros filmes das antigas franquias nunca chegaram. O céu. 




Isso é outro ponto de destaque para o enorme trabalho bem feito com os efeitos especiais. Os combates aéreos, principalmente, como o ponto ápice do filme, deixa o espectador numa tensão tamanha que foi algo jamais sentido (eu fiquei realmente tenso no último combate, aconselho assistir em 3D e outras...).  O traje do Abutre/Michael Keaton é uma roupagem nova e tecnológica, baseada em apetrechos extraterrestres, bem diferente daquela roupa verde comum de pássaro com asas e colarinho felpudo.



Além de mostrar 8 anos atrás, logo após a batalha de Nova Iorque (Vingadores - 2012), existe um motivo específico para se explicar a origem do vilão. Não é simplesmente um cara com asas mecânicas que resolveu botar pra quebrar. Enquanto que por outro lado, temos um uniforme de Homem-Aranha muito bem equipado com tecnologia STARK e diversas novas utilidades incluindo até uma inteligência artificial que serve como navegadora para que Peter Parker possa usar e completar seu treinamento, desbloqueando assim novas funções conforme o seu desempenho.



O trabalho feito por Jon Watts trouxe uma tonalidade nova e diferente dos antigos filmes e reviveu o escalador de paredes que muitos fãs ansiavam ainda assistir nas telonas. O roteiro também se preocupou em ser cuidadoso e não inserir uma origem, ou recontá-la em flashbacks para o herói (que já tinha sido apresentado em GUERRA CIVIL), sendo que isso também é algo mais do que fresco na mente dos fãs. A preocupação em si na verdade foi... fazer um filme despreocupado, o que de fato deu certo e deixou o enredo bem redondo e fechado para mostrar um novo HOMEM-ARANHA.



Toda a trajetória pela qual o herói passa desde momentos de empolgação para ajudar as pessoas á períodos conturbados onde é preciso provar também para si mesmo a capacidade de todo o seu potencial, servem para retratar uma nova personalidade para este novo Homem-Aranha. Além do mais, o jovem ator Tom Holland conseguiu transmitir mesmo uma aparência jovial de um Peter Parker bem tímido, nerd e sempre prestativo, que com certeza irá agradar ao novo público e também ao antigo nas próximas participações que virão.



Assim como todo o elenco tem seu destaque, figuras importantes na história do aracnídeo também fizeram sua aparição como: Flash Thompson e "MJ".  O que deixa uma gama de possibilidades para as continuações dos filmes específicos do super herói mais carismático de todos os tempos. Ressaltando que, assim como outros fãs, fiquei muito contente com esse novo "Cabeça de Teia" e toda sua pegada de adolescente, ora imaturo, ora em desenvolvimento, aprendendo ainda a ser um herói. Seja muito bem vindo DE VOLTA AO LAR!

Classifico o filme
HOMEM-ARANHA: DE VOLTA AO LAR
como 5 balõezinhos: Excelente!
💬💬💬💬💬

  Lembrando que essa crítica será feita pela perspectiva de um Fã  

terça-feira, 27 de junho de 2017

MULHER MARAVILHA - REVIEW | ENFIM, O ACERTO QUE A DC PRECISAVA!

" Eu sou Diana, Princesa de Themyscira, filha de Hippolitya, Rainha das Amazonas. Em nome de tudo o que é bom, sua ira sobre este mundo acabou. "



#SPOILERS

MULHER MARAVILHA
(Wonder Woman) 

País: EUA / Classificação: Livre

Estréia: 1 de Junho de 2017

Direção: Patty Jenkins

Roteiro: Jason Fuchs


Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Connie Nielsen, 

Robin Wright, Danny Huston...

  Lembrando que essa crítica será feita pela perspectiva de um Fã  


Quando o universo da DC COMICS nos cinemas correr perigo... já sabe quem chamar? Os ursinhos carinhosos? O Chapolin Colorado? Dona Hermínia? (quase! rs) mas... Não. Chame ELA: Diana Prince... a MULHER MARAVILHA!



Com uma dosagem bem trabalhada entre ação e diversão o filme veio para arrebatar uma legião de fãs dos super heróis dos gibis para as telonas. Sendo mais específico, os fãs mais assíduos da Liga da Justiça e da DC Comics. E é claro que além de épico, o filme vem para quebrar um tabu gigantesco nas histórias de heróis das telas: Um filme solo atual de uma super-heroína clássica! E se tratando de "Wonder Woman" é um caso a se pensar, pois, ela teve somente um seriado de TV na década de 1970 estrelado na época pela atriz Linda Carter, entre várias outras tentativas frustradas de levá-la para as telonas.

Os fãs realmente precisavam deste filme e de todo o conteúdo que o mesmo trouxe!


O longa vem contar a origem da MULHER MARAVILHA/Diana Prince (Gal Gadot) que nasceu e viveu na paradisíaca ilha de Themyscira, lar das Amazonas. Um lugar escondido do mundo exterior pela magia de Zeus como seu último ato de proteção para elas contra seu próprio filho Ares, o Deus da Guerra. No entanto, enquanto crescia, Diana se destacava entre as demais, pois, era filha de Hippolitya, que era a Rainha, por isso então foi treinada para ser a melhor entre todas elas. 



O que talvez não fosse esperado era conhecer Steve Trevor (Chris Pine) que era um espião que acabou invadindo por acidente a ilha. Neste ponto, a trama ganha uma nova trajetória, pois, é encaminhada para o mundo em sua época da Primeira Guerra mundial. Diana descobre a verdade sobre o que existe fora de sua realidade e resolve partir na busca pela sua missão. Derrotar Ares e assim acabar com as guerras e salvar a humanidade. 



Com a  direção de Patty Jenkins, todo o trabalho ficou muito bem fechado e desenvolvido. O filme se mostra feminista, porém, não fica usando disso a todo instante ou em cada cena. Faz jus ao ícone do Feminismo que é a Mulher Maravilha. Cada personagem tem sua construção e seu desenvolvimento muito bem abordado e é impressionante como isso é tão apresentado. Principalmente entre o casal protagonista. Entre vilões e heróis, todos tem o seu destaque e momento de ápice. 

Os efeitos especiais são de perder o fôlego. O ritmo das cenas de ação tem uma fusão de câmera lenta com movimentos acrobáticos que servem para aumentar a concentração e envolvimento na história (aconselha-se assistir nas salas 3D e em todas as outras se possível for).




O tom que torna possível idealizar uma figura feminina como super heroína foi suavizado e otimizado ao mesmo tempo na trajetória de Diana no filme. Seu papel de símbolo de justiça veio a calhar numa época onde mulheres que eram subestimadas e menosprezadas pelos homens já iniciavam a luta por seus direitos. Ponto de destaque.



O cuidado em contar uma história de origem e inseri-la em um universo já estendido foi muito bem realizado. Apesar de não influenciar na história (atual) da formação da Liga da Justiça nos cinemas, o filme consegue fornecer tudo mais que um fã precisa saber e conhecer sobre o que levou a Mulher Maravilha a cruzar o caminho do Superman e do Batman.

Finalmente os estúdios WARNER BROS PICTURES tiveram um ponto positivo e importante a ser considerado na sua sequência de filmes, baseados na história de heróis da DC COMICS , em seu universo expandido da Liga da Justiça. Não que os filmes anteriores fossem ruins ou péssimos (Homem de Aço/2013 - Batman Vs. Superman: A Origem da Justiça/2016 - Esquadrão Suicida/2016), porém, foram poucos acertos produzidos nesses últimos longas. Por isso, "Wonder Woman" se destaca e faz jus ao filme de uma Figura Feminina clássica da cultura pop. O grande impacto causado como primeiro filme de uma Super Heroína se mostra digno.

Classifico o filme
MULHER MARAVILHA
como 5 balõezinhos: Excelente!
💬💬💬💬💬

- Lembrando que essa crítica foi feita pela perspectiva de um Fã -

segunda-feira, 29 de maio de 2017

PIRATAS DO CARIBE: A VINGANÇA DE SALAZAR | REVIEW

" Os Mortos Não Contam Histórias... " 


#SPOILERS

Piratas do Caribe: 
A Vingança de Salazar 

País: EUA / Classificação: 12 anos
Estréia: 25 de Maio de 2017
Direção: Espen Sandberg, Joachim Ronning, Rob Marshall
Roteiro: Jeff Nathanson

Elenco: Jhonny Depp, Kaya Scodelario, Brenton Thwaites, Javier Bardem, Martin Klebba, Geoffrey Rush.

***

- Lembrando que essa crítica foi feita pela perspectiva de um Fã -

Enfim... chegou as telonas  o quinto filme da franquia: Piratas do Caribe, com o título em português de: A Vingança de Salazar. Depois de um hiato de 6 anos, os estúdios DISNEY trouxeram de volta o pirata Jack Sparrow (Jhonny Depp) em uma nova aventura ao lado de um jovem e novo casal protagonista: Carina (Kaya Scodelario) uma jovem astrônoma que marca a presença feminina no elenco; e Henry Turner (Brenton Thwaites) o rebelde filho de Will Turner (Orlando Bloom - que também tem pequenas aparições no início e no fim do longa); que se juntam ao Capitão na busca pelo Tridente de Poseidon, que pode dar ao seu portador o controle dos mares. Cada qual então, tem seu motivo em especial para obter o poder, afim de salvar alguém especial, ou até mesmo, por uma questão de honra, ou ainda, recuperar o nome e o respeito.



O que eles de fato não esperavam era que um vilão fosse despertado das profundezas sombrias. O capitão Salazar (Javier Bardem) retorna com sua tripulação para caçar piratas e obter vingança contra aquele que o venceu e aprisionou anos atrás. Ninguém menos que o próprio "Sparrow". E em sua busca, ele se depara com Barbossa (Geoffrey Rush), outro capitão que, em troca de sobrevivência, pode levá-lo a atingir o seu objetivo. 



O longa traz uma necessidade constante de ficar fazendo referências aos filmes passados por conta de tentar estabelecer um universo coeso. Apesar de não se ajustar a uma linha do tempo clara para o entendimento dos fãs, ele se passa em algum momento do século XVIII. A mitologia abordada e os efeitos são da mesma qualidade que a franquia tem apresentado sempre em todos os trabalhos. Os melhores possíveis! Um sinal de superação interior na consistência dos efeitos de cada filme é percebido, e neste último, não ocorre de maneira diferente, afinal, a marca registrada do filme, que são os efeitos especiais, realmente mostrou a que veio.



No entanto, o roteiro não traz aquele peso, pelo menos, como o abordado nos dois últimos filmes onde uma trama muito maior envolvia a todos, mas sim, um certo tom mais leve, que remete ao público alvo mais "família", que ultimamente a DISNEY tem conquistado com trabalhos feitos como STAR WARS e VINGADORES. E notável que a comédia também tem seu peso de conquista em toda a franquia, inclusive, neste quesito, existe um certo equilíbrio no longa, onde em alguns momentos ela soa de forma áspera e forçada, mas em outros pontos é sutilmente abordada (A cena com a guilhotina é a melhor! Assistam! =D)



A fotografia do filme é simplesmente linda e realmente insere o espectador nos cenários e o encaixa nos mares azuis e no encanto de toda a magia fantástica envolvida na trama. É possível encontrar beleza até embaixo d'água quando a trama alcança o seu ápice, e o que se pode ver é que não pouparam esforços em relação a isso. A preocupação em sempre trazer algo novo e ao mesmo tempo fora da caixa em cada produção, mais uma vez se confirma e mostra que a franquia está sim mais viva do que antes. No entanto, a direção deixa um pouco a desejar quando se trata de amarrar fios soltos de outros filmes, ou até mesmo explicar fatos novos, como a soltura de Salazar e sua tripulação da caverna, que ocorre quando simultaneamente Jack abre mão de sua bússola, que não aponta para o norte... o que já aconteceu em filmes anteriores e nenhuma reação em cadeia foi desencadeada. Uma explicação plausível para este fato recente seria: ele realmente não querer mais a bússola, ou dá-la em troca de uma simples bebida (sinal de desapego).

Outro ponto de atenção para este filme seria mostrar a história de Jack antes mesmo do primeiro filme da franquia. Sem dúvida uma coisa que os fãs mais ávidos iriam gostar muito. Afinal, se trata de conhecer as origens do Capitão "Sparrow". Mas não foi o que aconteceu, e também não foi irritante ao nível de tirar o brilho  de toda a obra. Apenas um ponto em comum na história do pirata, ainda mais jovem, e do vilão, quando ainda era vivo, humano e caçava piratas pelos mares.



A atuação dos novos personagens (jovem casal protagonista) inseridos na história trouxe uma roupagem mais nova para o clima da saga, podendo introduzir até uma continuação. Enquanto que a atuação de Jhonny Depp, pareceu um tanto forçada e cansada em alguns momentos, mas que ainda assim, conseguiu arrancar boas risadas dos espectadores e incorporar o personagem; a atuação de Javier  é muito boa e causa impacto como o vilão em si, o fato de ter sido um caçador de piratas no passado e ser vencido por um garoto o deixou mais do que enfurecido... mas ainda não se compara ao Davy Jones de Bill Nighy, que foi Capitão do Holandês Voador nos filmes: O Baú da Morte e No Fim do Mundo ; já Geoffrey Rush consegue trazer um tom mais diferente ao capitão "Barbossa", já que o mesmo se encontra em estado de redenção e que tem um final dramático no filme. 



Um ponto interessante a ser notado com atenção é referente ao elenco feminino que recaiu quase todo sobre Kaya Scodelario e uma minúscula participação de Elizabeth Swann Turner (Keira Knightley) no final; o que gerou certa indignação por parte de alguns fãs, sem mencionar as falas com certo tom machista em algumas cenas, principalmente na presença da personagem Carina; espero acreditar que os comentários estavam lá apenas por causa do contexto histórico da época em que se vivia...

No mais, o filme consegue sim conquistar os fãs e deixar sua marca na saga e ainda ser lembrado como um digno da franquia Piratas do Caribe. Particularmente, achei melhor que o Navegando em Águas Misteriosas. Espero que, com a cena pós-crédito que ficou em aberto, eles possam dar prosseguimento a saga com novas aventuras.


Classifico o filme
PIRATAS DO CARIBE - A VINGANÇA DE SALAZAR
como 4 balõezinhos: Muito Bom!
💬💬💬💬

- Lembrando que essa crítica foi feita pela perspectiva de um Fã -

domingo, 2 de abril de 2017

PRIMEIRAS IMPRESSÕES: LACRYMOSA - JULIANA DAGLIO


SINOPSE:


O nome dela não é Valery Green. Também não nasceu no Kansas, e sua família toda não morreu num acidente de carro onde ela foi a única sobrevivente. Nascida num mundo de trevas e segredos apocalípticos, a garota feita de mentiras luta dia após dia para ter uma vida longe de sua verdadeira identidade e de seu dom misterioso, o qual ela julga como uma maldição. 
Por cinco anos, ela conseguiu. Escondida na pacata Darkville, tornou-se uma respeitada Detetive, conhecida por sua frieza e eficácia no trabalho. Seu companheiro Axel parece ter orgulho de trabalharem juntos, até ficar frente a frente ao que encontraram na busca daquela noite - um demônio dentro de uma garotinha.
Para ajudar a pequena Anastacia, Valery terá que colocar em risco o trabalho na polícia e seu relacionamento com Axel, recorrendo à ajuda do Padre Henry Chastain, um velho conhecido. Desenterrando um passado cheio de exorcismos, perseguições e batalhas contra demônios, esse reencontro não promete ser feito de abraços e boas-vindas. Chas, como ela o chama, é conhecido como o maior Exorcista vivo - a Espada de Sal do Vaticano, e é sua única esperança de lutar contra o novo inimigo, mas também representa o ponto fraco de si mesma e o acesso a um passado doloroso que pode despertar seus próprios demônios interiores.

***

Recentemente o PAPO NERD recebeu da autora JULIANA DAGLIO, as primeiras páginas de LACRYMOSA, para o projeto de primeiras impressões. Para quem ainda não conhece os trabalhos da Juliana, ela é autora de "Uma Canção para a Libélula", volumes Um e Dois, e da saga "O Lago Negro", com os livros: Um - O Lago Negro (o qual estou lendo e amando!); Dois - Submersão; Três - Profundezas Sombrias. Com a pouca experiência que tive com a escrita da autora, percebi logo que não poderia ficar de fora deste projeto e ler em primeira mão LACRYMOSA.


Esse trabalho vem mostrar um novo lado da autora. Uma nova abordagem e um novo campo de atuação. No quesito talento, enxergo isso como muito bem visto, tal qual o acervo com que a autora consegue explorar em cada nova obra. Confesso que os gêneros como Terror ou Fantasia Dark até então não eram os meus preferidos para uma leitura, mas como disse: até então não eram...


Posso afirmar que adorei ler estas primeiras páginas e conhecer o início desta nova história que a Ju Daglio apresenta. Com tamanha sutileza ela consegue dosar elementos como mistério, suspense e terror de forma muito equilibrada. É surpreendente isso tudo reunido em uma trama que envolverá crenças e misticismo. 

Neste livro seremos apresentados a uma narrativa de Valery Green. Uma respeitada detetive de Darkville, porém, durona, fria e insensível, que se depara com um caso muito diferente do normal e descobre ser algo que poderá trazer á tona figuras do seu passado obscuro. O ponto de vista de alguém,  até então, denominado: Ele, é outra parte que irá compor o enredo, mostrando o ponto de vista de um padre. Em ambos os lados, a autora consegue trabalhar já em poucas páginas, uma tensão psicológica que é característica da personalidade de cada um dos personagens principais.  


É impressionante a abordagem direta que a Ju Daglio consegue ressaltar sobre o bem e o mal em poucas linhas. Sua escrita consegue deslizar entre suavidade e meticulosidade como se fosse poesia. A explicação para o fato de que o mal nem sempre está TOTALMENTE ligado à culpa do diabo e aos pecados, ou seja, mostra que o ser humano em si, tem sua parcela de culpa também creditada na situação. Falando claramente, o mal da humanidade é responsável por boa parte de como as coisas estão hoje em dia.   

Acredito que será uma obra que vai arrebatar muitos leitores e fãs do gênero. Afinal, a autora é psicóloga e sabe como associar uma boa história ao que um leitor pode esperar dela, além de, claro, conseguir mostrar nas entrelinhas um misto de inspiração do que conhecemos de outras mídias. Como fã do gênero Rock e uma "Hunter" assumida (ela tem todo o meu respeito também por isso), a Menina Libélula sabe explorar muito bem as cartas que possui nas mangas. É com certeza um talento admirável que possui. Eu espero muito ansioso para ver logo o que mais ela trará pra me cativar ainda mais nas próximas páginas de LACRYMOSA! 

quinta-feira, 23 de março de 2017

RESENHA: QUERUBINS - A SENTENÇA DA ESPADA | AUTORA MARTHA RICAS

UMA GUERREIRA DO CÉU
UMA DAMA VITORIANA
UMA GUERRA INVISÍVEL




Autor(a): Martha Ricas
Editora: Novo Século
Série: Querubins
Livro: A Sentença da Espada
ISBN: 978-85-428-0464-5
Edição: 1
Ano: 2015  
Páginas: 239
Gênero: Romance/Guerra Espiritual
Idioma: Português





SINOPSE:

Como enfrentar aquilo que todos não querem ver?
Chaya, uma querubim com a missão de enfrentar uma guerra contra os homens e contra o próprio inferno.
Mary, uma garota com um dom que lhe atormenta desde a infância e a impede de confiar no misterioso Anton Haven. Entretanto, seu pequeno tormento pessoal pode estar mais ligado à guerra celeste do que se imagina. 
Pegue suas armas, abra bem seus olhos. O que está ao seu redor pode não ser bem o que pensa. A batalha dos atalaias nunca termina. Você está pronto?

***

A narrativa segue com dois pontos de vista, ocorrendo em linhas temporais diferentes, mas com acontecimentos que se completam no decorrer da história. De um lado, temos "Chaya", uma guerreira alada dos céus da casta (termo usado para classificar os anjos) dos querubins que é designada para uma missão em Kernev, uma antiga aldeia celta da Britannia no século V a.c. onde uma semente poderia estar sendo aos poucos implantada pelas forças malignas e ocultas nos corações dos humanos daquela época, e que deveria ser combatida á todo custo pelas forças celestiais. 
Do outro lado, temos "Mary Grace",  uma jovem que vive em Londres, na Era Vitoriana da Inglaterra em meados de 1840 d.c. No começo, sendo mimada, incompreendida pelos pais e sofrendo com as visões que possui sobre criaturas estranhas que a atormentam, ela também se vê em uma missão para combatê-la ao lado de Anton Haven, outro jovem que possui muito em comum com ela.
É impressionante como a autora consegue arrebatar o leitor para dentro de sua história. A sutileza com os detalhes em cada capítulo de cada uma das personagens faz com que o leitor realmente esteja introduzido no ambiente, tudo isso, por causa de tamanha criatividade e delicadeza ao descrever de forma minuciosa, e devo acrescentar "caprichosa", os detalhes correspondentes a cada época referenciada. É um cuidado que alguns autores não sabem muito bem dosar em algumas obras que se vê hoje em dia, no entanto, a autora consegue trazer em cada capítulo um acervo diferente. Certamente uma leitura e tanto para quem gosta e curte guerra espiritual com romance. 


A escrita de Martha me encantou muito e me conquistou diretamente pela suavidade e o exímio uso das palavras em seu vocabulário, uma característica bem peculiar contida em suas entrelinhas. Confesso que ela trouxe raras palavras ao meu conhecimento, algumas eu tive que buscar o significado no dicionário, e em cada busca uma nova conclusão de que ela soube encaixar tão bem as palavras ao escrever de uma forma tão sofisticada. O que leva a entender também que a autora estudou bastante para se aprofundar sobre cada lugar, época, costume, religião e mitologia. 
O  livro não é grande, porém alguns capítulos se estendem mais do que outros, além de não seguirem uma forma ordinal; a trama é bem desenvolvida ao ponto de seguir um entendimento claro para o leitor. O enredo possui algumas viradas tão bem alocadas que acabam surpreendendo! Vale destacar aqui o selo Talentos da Literatura Brasileira que o livro possui. Afinal, nada melhor que um incentivo à expansão da literatura nacional.
Os personagens são abordados de uma forma direta e o desenvolvimento se dá aos poucos de acordo com o desenrolar de cada missão dada a uma das protagonistas. A personalidade de cada um é trabalhada muito bem, e a autora mostra as semelhanças e as diferenças de uma maneira brilhante. O que torna "Chaya" ou "Flama Vermelha", como é chamada em alguns pontos da história, cativante pela seriedade e humor bem comedido e também pela sua íntima ligação com a sua arma celeste, a espada "Havah"; e mostra "Mary" como uma garota reprimida que precisa entender que o mundo não gira ao seu redor, que não deve ser egoísta, que ela tem muito a aprender e um dom importante que pode vir a salvar vidas com ele.
A arte da capa é muito bonita e emana um mistério com um olhar convidativo. A diagramação é muito boa e a editora fez um bom trabalho. O livro foi muito bem revisado, pois, não encontrei erros.


O livro foi recebido em parceria com a autora que o autografou e nos enviou também  um lindo marcador. Deixo aqui um profundo agradecimento por acreditar em nosso trabalho apostando uma ficha no PAPO NERD e em nossa parceria. Que ela seja duradoura! Muito obrigado mesmo.

Foi uma leitura bastante diferenciada do que eu esperava. Surpreendeu demais. Outro ponto positivo por conta disso. Afinal, a Martha conseguiu me mostrar uma nova abordagem para o termo guerra espiritual. De certo que já tem um lugar carinhoso na estante do PAPO NERD. Super recomendo este livro fascinante. O que já me deixa ansioso para ler o próximo livro de "Querubins" com outra história e outros personagens. Mas isto, claro... é assunto para outra resenha.

Classifico o livro
QUERUBINS - A SENTENÇA DA ESPADA
como 5 balõezinhos:
💬💬💬💬💬