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terça-feira, 12 de março de 2019

REVIEW | CAPITÃ MARVEL

"Mais alto,
Mais longe, 
Mais rápido e mais"


#SEM #SPOILERS

CAPITÃ MARVEL

País: EUA / Classificação: Livre
Estréia: 07 de Março de 2019
Direção: Anna Boden, Ryan Fleck
Roteiro: Geneva Robertson-Dworet, 
Anna Boden, Ryan Fleck
Elenco: Ben Mendelsohn, Brie Larson, Jude Law, 
Samuel L. Jackson, Lashana Lynch, 
Annette Bening... 

 Lembrando que esse review será feito pela perspectiva de um fã...

Fechadinho, filme segue a Fórmula Marvel e sem ousadias, mostrando que a heroína veio para equilibrar de vez o MCU

O filme da Capitã Marvel chegou com tudo e possui a complicada tarefa de dar continuidade ao legado do universo cinematográfico da Marvel. O MCU, como já é conhecido pelos fãs, conta com vários filmes, no entanto, alguns mais bem-sucedidos do que outros, no que diz respeito a termos de bilheteria. E a difícil missão de Carol Danvers agora é salvar o mundo e ser reconhecida como parte importante dos Vingadores, mesmo aparecendo somente agora na trama toda. A verdade é que ela consegue.

O que deveria ser apenas um filme de origem da Capitã Marvel, acabou servindo também de origem para outros personagens, entre eles, Nick Fury (Fury, para os amigos), do Agente Phill Coulson, dos próprios Vingadores e de tudo o que já estamos habituados a ver no MCU. O enredo funciona como uma peça perdida de um quebra-cabeças, onde, simultaneamente, Carol Danvers tenta encaixá-las, de modo que sua vida fique em ordem novamente. O que também se percebe são algumas lacunas sendo preenchidas e as partes de uma engrenagem se encaixando no universo criado pela Marvel no decorrer de todos esses anos.


O filme contém alguns elementos já apresentados em longas anteriores: Trilha sonora marcante, ao estilo de Guardiões da Galáxia, efeitos especiais ao estilo de Doutor Estranho, trailers apresentados ao estilo Vingadores — ressaltando que não dá mesmo pra confiar em tudo o que mostraram nos materiais de divulgação, e os fãs podem sempre esperar por algumas surpresas quando forem assistir nos cinemas.

A origem da Super Heroína não algo espalhafatoso como outras que já acompanhamos anteriormente. Carol Danvers é apenas uma moça simples e muito obstinada, e é isso que acaba levando o filme em si. Ou seja, ela não é uma deusa que já nasceu com superpoderes, ou teve de construir uma super armadura para se salvar em algum momento; Ela é uma humana bastante modesta, que sofreu um acidente envolvendo energia e isso modificou seu organismo lhe dando poderes, mas é a simplicidade nela que se destaca, pois, suas emoções acabam por transparecer pela atuação de Brie Larson, que por sinal, se saiu muito bem no papel.


Capitã Marvel é o primeiro filme solo de uma heroína da Marvel e, assim como aconteceu com Mulher-Maravilha, as garotas de todos os lugares do mundo se sentirão inspiradas pela Carol Danvers. A obra aborda questões como preconceito de forma breve, no entanto efetiva: logo de cara, a pequena Carol pergunta o motivo de não poder fazer as mesmas coisas que o irmão faz. O assunto então não é mais abordado diretamente, mas continua oscilando durante o decorrer do enredo e isso é de fato, essencial para o desfecho.

A personagem principal de início, pode gerar um certo receio, por conta do ritmo e de como os acontecimentos são alocados e descompensados no começo do filme. Porém, a evolução é constante depois que a trama começa a se desenrolar aqui no planeta Terra, onde a personagem aprende cada vez mais com Carol Danvers, do que, com a Heroína em si. Isso é um fator crucial para o ápice do enredo e influencia diretamente na conclusão e no papel da heroína. 

O filme segue a “Fórmula Marvel” e consegue responder algumas perguntas e preencher várias lacunas no deixadas no MCUOs acontecimentos são bem previsíveis de um modo geral, exceto em alguns momentos que são genuinamente cômicos. As cenas envolvendo as batalhas do filme têm as mais variadas proporções. Existe luta no espaço, briga mano a mano, lutas que terminam com apenas um golpe e lutas que acabam antes mesmo de começar — todas ligadas ao entendimento de suas motivações e da amplitude dos poderes de Carol Danvers. Existe porém uma alternância entre os trechos de ação e a própria jornada da heroína na busca por saber quem ela é, esse ritmo do filme oscila um tanto, podendo ser até cansativo ás vezes. Faz jus aos efeitos especiais, que são muito bons, porém, comedidos durante todo o filme; onde poderia ter sido explorado algo á mais, o normal e básico acabou se tornando o usual, e também não é novidade dizer que deixaram o melhor para o final. Parece até um show de fogos com efeitos pirotécnicos!


Um destaque para o efeito especial de rejuvenescimento digital (já utilizado antes para mostrar Tony Stark mais jovem em uma cena de Capitão América: Guerra Civil) que em Capitã Marvel se eleva a outro nível de qualidade e realismo: é bem tranquilo de se esquecer que o ator que interpreta Nick Fury, Samuel L. Jackson, já possui 70 anos. Fury e Danvers possuem uma química singular e conseguem desenvolver uma amizade sincera e cordial, porém, é com outro personagem que a pose de durão de do espião cai por terra… as cenas com Goose, a gatinha.

No que diz respeito aos extras, uma singela homenagem foi feita para o ícone Stan Lee (que morreu em 2018) durante os primeiros segundos do filme, o que foi muito emocionante. A primeira das duas cenas pós-créditos do filme é essencial para todos os fãs do MCU, pois está ligada diretamente com os efeitos de Vingadores: Guerra Infinita, enquanto que a segunda cena funciona apenas como um complemento do próprio filme.

Capitã Marvel é aquele filme básico e fundamental para se entender o desfecho desse primeiro grande arco dos Vingadores, e o seu lançamento premeditado tão próximo da estreia do decisivo Vingadores: Ultimato não poderia ser diferente, pois, depois de assistir o filme solo da heroína, fica mais claro que ela será um destaque importante na batalha contra Thanos.


Apesar de ser uma história de origem da heroína, com sua primeira aparição simples e modesta, ela ainda possui começo, meio e fim (o passado por meio de flashbacks não colou muito bem para mim, mas serviu para explicar os acontecimentos) e a versão superpoderosa de Carol Danvers mostra o início do projeto Vingadores como o conhecemos atualmente. O tabuleiro já está aberto e as peças encaixadas no lugar. A engrenagem do MCU continua girando, e não resta dúvidas de que a Capitã Marvel chegou para ser considerada como o grande “plot twist” da Marvel nos cinemas.


Classifico o filme
CAPITÃ MARVEL
como 4 balõezinhos: Muito Bom!

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